27 janeiro 2008

Palavras do nosso Bispo

"Bem necessário e actual é escutar atentamente o conselho de Jesus ouvido no Evangelho e de que a leitura de S. Pedro se faz eco também, iluminado pelo exemplo de Eleazar, relatado na primeira leitura, e pelo testemunho de fortaleza do nosso Padroeiro, nesta cristã terra de Santa Maria, como Portugal é conhecido, numa altura em que tantos hostilizam, camufladamente ou às claras, a profissão de fé dos católicos, ou pretendem que a prática religiosa seja da esfera estritamente privada. Vimos assistindo a uma descarada multiplicação de leis que são ultraje aos nossos sentimentos, sem respeito pelas convicções da esmagadora maioria da população portuguesa. Sob a hipócrita preocupação de salvaguardar a liberdade religiosa, ordena-se se retirem das escolas os símbolos religiosos, como, por exemplo, os crucifixos, criam-se dificuldades ao ensino moral e religioso, e parece que até as denominações com nomes de santos deverão mudar, para não ferir susceptibilidades. A defesa de princípios fundamentais, como a vida humana, desde o embrião até ao último suspiro da existência, ou o valor e a dignidade da pessoa e da família, como Deus a instituiu, foi considerada, há bem pouco tempo, na comunicação de alguém com responsabilidade nacional, tabu religioso e retrógrado que uma nova mentalidade evoluída conseguiu ultrapassar. A quem incomodam estas referências que fazem parte da nossa cultura, com que fomos crescendo e que nos identificam? Não podemos permitir que destruam os nossos valores, calquem aos pés as nossas genuínas e idiossincráticas tradições, em nome do que proclamam progresso e modernidade.

Não esquecemos a veemência das palavras do Senhor Cardeal Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e Legado de Bento XVI, na homilia, em 13 de Maio em Fátima: “Face aos pretensos senhores destes tempos (acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação) que exigem e estão prontos a comprar se não mesmo a impor, o silêncio dos cristãos, invocando imperativos duma sociedade aberta, quando na verdade lhe fecham todas as entradas e saídas para o Transcendente; e que em nome dum a sociedade tolerante e respeitosa, impõem como único valor comum a negação de todo e qualquer valor real e permanente válido… Face a tais pretensões, o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos Apóstolos perante idêntica pretensão dos senhores daquele tempo: Não podemos calar o que vimos e ouvimos.”
D. Jacinto Botelho, Homilia, 2008.01.20

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1 comentário:

patas disse...

Eu queria agradecer do fundo do meu coracao pelo exelente trabalho neste bloge
Eu como filho da terra e estando a algums milhares de quilometros de distancia fico muito orgulhoso que alguem esta a divulgar a "minha" freguesia com algo novo todas as semanas!
muito obrigado e qualquer dia estou ai de ferias!!!
Nao posso esperar
xau xau