O almoço que Bento XVI ofereceu nesta sexta-feira a doze jovens, de todos os continentes, serviu para confirmar algo que já sabia: em alguns países, ser jovem é muito difícil. Durante a refeição, que ocorreu na sala de visitas da residência da catedral de Sydney, dez dos jovens representavam os cinco continentes. Os outros dois representavam a Austrália, país anfitrião das Jornadas Mundiais da Juventude.
Fidel Mateos Rodríguez, leigo, de 25 anos, da diocese de Salamanca (Espanha), explicou depois que durante o almoço, cada um dos convidados pôde falar de sua situação pessoal em seus países. O Papa, em especial, «mostrou muito interesse pelos testemunhos dos jovens asiáticos e africanos», dois continentes nos quais é difícil viver a fé católica. A outra representante do continente europeu, a francesa Marie-Bénédicte Esnault, de 22 anos, reconhece que escutando a seus companheiros de mesa pensou que eles, «que vivem em países de antiga tradição cristã são muito afortunados». Jean Fabien Muaka Baloza, da República Democrática do Congo, de 29 anos, considera que a sua «conversa foi como com um pai de família». «Escutou e nos deu sua bênção», contou. Jean Fabien convidou o Papa a visitar a África para que «se dê conta de certas realidades educativas. Temos necessidade de sua influência», continuou.
Craig Ashby, australiano e representante do povo aborígene, narrou ao Santo Padre a discriminação que seu povo ainda vive. O Papa respondeu que a chave para resolver isso está na educação. Gabriel Nagile, de Papua Nova Guiné, conta que também falou dos jovens de seu país e da necessidade urgente de que possam descobrir uma vida espiritual que lhes liberte dos graves perigos que correm. Helena de Souza, do Timor Leste, de 25 anos, falou com o pontífice da violência em seu país. O Papa se interessou por sua situação, recordando que em janeiro deste ano recebeu seu presidente, José Ramos-Horta.
Ao final do encontro, o Papa presenteou a cada jovem com um rosário e uma medalha comemorativa da Jornada Mundial da Juventude. Cada jovem lhe trouxe um presente, como é o caso do norte-americano Armando Cervantes, de origem mexicana, que deu ao Papa um boné com orelhas de Mickey Mouse. Representando o Brasil esteve presente Jorgiana Aldren Lima de Santana, de 26 anos. Outros países representados foram a Nova Zelândia, a Nigéria e a Coréia do Sul. «Sem dúvida foi uma vivência inesquecível que reafirma minha fé em Deus e na Igreja, e me serve como reconhecimento do trabalho que realizo junto aos jovens durante todos estes anos», conlui Fidel Mateos.
In Zenit
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